Vale a pena quebrar o "Radio Silence" para colocar aqui este texto do Vitorino Nemésio....
Já agora.. está alguém desse lado? Ou fecho a tasca?? :)
Brilhante.
terça-feira, 26 de junho de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
T-Shirt "Ai se eu te pego"
Era inevitável...T-Shirt do "Aí se eu te pego"... para a afficion Terceirense de Tourada à Corda.
Há coisas que são mesmo inevitáveis :)
Há coisas que são mesmo inevitáveis :)
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Em uma reunião hoje...
"Registamos melhorias...mas também algumas piorias"..
hehhehe.. o pessoal anda todo queimadinho.
:)
hehhehe.. o pessoal anda todo queimadinho.
:)
domingo, 8 de abril de 2012
Conversa entre dois ilhéus! Parte II
Queijadas da Graciosa! - FEITO
Queijo de Vaquinha dos Pequenos - FEITO!
sábado, 7 de abril de 2012
Boa Páscoa
Gosto, mas
gosto muito, que a primeira palavra de Jesus no Evangelho de João seja uma
pergunta (e seja aquela pergunta): “Que procurais?” (Jo 1,38). Consola-me ir
percebendo que o que sustenta a arquitetura dos encontros e dos desencontros
que os Evangelhos relatam é uma espécie de coreografia de perguntas, um intenso
tráfico interrogativo, construído a maior parte do tempo a tatear, sem saber
bem, com muitas dúvidas, muitos disparos ao lado, muita incapacidade até de
comunicar. Isso é uma âncora, por muito que nos custe, pois uma vida só assente
em respostas é uma vida diminuída, à maneira de uma primavera que não chegou a
ser.
Não sei
como vai rebentar em nós a primavera, como se vai acender este reflorir que a
natureza insinua, este renascer que o gesto pascal de Jesus espantosamente
(res)suscita na nossa humanidade. Sei apenas que nas perguntas, mesmo naquelas
que são difíceis e nos estremecem, reencontramos a vida exposta e aberta,
certamente mais frágil, mas a única que nos permite tocar as margens de uma
existência autêntica.
Todos
somos habitados por perguntas e elas cartografam zonas silenciosas, territórios
de fronteira do nosso ser. Estes dias reencontrei a pergunta de Pilatos (ainda
no Evangelho de João): “O que é a verdade?” (Jo18,38). E dei comigo a aproximar
esta pergunta de uma das frases emblemáticas de Jesus: “Eu sou o caminho, a
verdade e a vida” (Jo 14,2). Sem querer relativizar a natureza densamente
dogmática do enunciado, dei comigo, porém, a revisitá-lo em chave existencial.
E era como se Jesus, mestre da vida que incessantemente se reformula em nós,
nos desafiasse a uma apropriação. Sim, a uma apropriação.
É
necessário que perante a multidão dos caminhos percorridos e a percorrer cada
um de nós diga: “eu sou o caminho que percorro”. É decisivo que as verdades que
acordamos não sejam uma sobreposição, mas uma expressão profunda do que somos:
“eu sou a verdade”. É urgente que a vida não seja só a acumulação do tempo e do
seu cavalgar sonâmbulo, mas que cada um, pelo menos uma vez, possa dizer
plenamente: “eu sou a vida”. Acho que é disto que o mistério pascal fala.
José
Tolentino Mendonça
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